quarta-feira, 28 de julho de 2010

Quase

“Ainda pior que a convicção do não, a incerteza do talvez é a desilusão de um "quase".
É o quase que incomoda, que entristece, que mata, trazendo tudo que poderia ter sido e não foi.
Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou, não amou.
Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono do quase....
Pergunto então, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor, não pergunto, contesto.
A resposta sei de cor, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "Bom dia", quase que sussurrados.
Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz.
A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai. Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são.
Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris teria somente tons de cinza.
O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.
Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência, porém, preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer.
Pros erros, há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance.
Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar.
Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive, já morreu!”

(Luis Fernando Verissimo)

sábado, 24 de julho de 2010

Se fosse fácil assim...

Não se preocupe mais com tanta bobagem, apenas viva! Agora se for pra chorar que seja de felicidade! =) Por que se preocupar tanto com o que dizem de você?O único que te conhece como ninguém é você mesmo. Tente jogar fora as ofensas, e guarde tudo que for bom, essencialmente o que te faz bem!Viva cada dia como se fosse o último, não tente entender o mundo, nem as pessoas, uma hora você vai descobrir que é perda de tempo.Viva e sorria.Afinal sorrir é bem melhor do que chorar e na maioria das vezes sempre há uma saída.Permita que a alegria entre na sua vida.


Não acredito em conto de fadas mais ainda acredito num final feliz. Na verdade numa história com momentos de felicidade!~


PS: As pessoas não fazem ideia do quanto são importantes. ^^

terça-feira, 20 de julho de 2010

Fato.

"Se vc quer um príncipe, não se comporte como uma perereca, príncipes querem princesas e pererecas atraem sapos."

Sem mais.

;D

sábado, 17 de julho de 2010

Nós.


Por favor não tente entender nada do que eu disser. Já te adianto que nada fará sentido enquanto não for sentido de verdade. ;D

As palavras nem sempre foram brisa.Ela queria ouvir o silêncio dos pensamentos de alguém. Desejava conhecer todo o mistério que o protegesse dos ventos frios e, atenta a todos os sussurros, queria escutar o que só o coração poderia sentir e amava o que não se via. Assim. Ela aceitava os seus anseios de garoto, carregava os sonhos dele junto aos dela.Ela era alguém à espera de um amor para a vida inteira.
Esperava, muitas vezes na janela, por alguém que ficasse. Alguém que simplesmente ficasse. Seria assim tão difícil ficar? Ficar, não ir embora. Era simples.Será mesmo tão simples?Ao que parece, ficar não é mesmo coisa tão simples. Ficar é mais difícil do que pode parecer.Sei que o Sol se pôs e a noite escondeu tudo o que ela sentia.

Ela escrevia poesias inocentes endereçadas a esse alguém que ainda não tinha nome. Um alguém que ela ainda não sabia se existia, se falava português, se morava na mesma cidade ou país. Não importava o lugar do mapa. Ela acreditava que o amor transcendia os limites, e atravessaria mares, oceanos, desertos, chuvas, e ventanias por ele.

Alguns dizem que a gente tem o que precisa.Nem sempre o que a gente quer.Sabe eu não preciso de muito, eu nem quero muito.O que quero mesmo é mais.Mais paz.Mais verdade. Mais alegria. Mais sorrisos sinceros.Mais poesia.Mais saúde.Mais harmonia. Mais noites bem dormidas.Mais noites em claro.Mais eu. Mais alguém.
Mais sorrisos,beijos, caretas e aquela rima grudada na boca. Eu quero nós. Mais nós. Grudados. Enrolados. Amarrados. Jogados no tapete da sala. Nós que não atam nem desatam.Eu quero pouco e quero mais. Quero você. Quero eu. Quero viagens inesquecíveis, e tantas outras coisas que não caberiam nesse curto espaço.

Hum...ainda sobre nós, uma vez que desatados pode ser que não haverá tempo muito menos espaço para serem refeitos.

Ela!



"Sou o que se chama de pessoa impulsiva. Como descrever? Acho que assim: vem-me uma idéia ou um sentimento e eu, em vez de refletir sobre o que me veio, ajo quase que imediatamente. O resultado tem sido meio a meio: às vezes acontece que agi sob uma intuição dessas que não falham, às vezes erro completamente, o que prova que não se tratava de intuição, mas de simples infantilidade.
Trata-se de saber se devo prosseguir nos meus impulsos. E até que ponto posso controlá-los. [...] Deverei continuar a acertar e a errar, aceitando os resultados resignadamente? Ou devo lutar e tornar-me uma pessoa mais adulta? E também tenho medo de tornar-me adulta demais: eu perderia um dos prazeres do que é um jogo infantil, do que tantas vezes é uma alegria pura. Vou pensar no assunto. E certamente o resultado ainda virá sob a forma de um impulso. Não sou maduro bastante ainda. Ou nunca serei.”

Clarice Lispector

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Casulo.

Quando cortejada pela solidão, às vezes eu jogo tudo, tudo para dentro de mim.Só não tente me entender, nem se visse entenderia, as vezes mostro afeto com certa agressão.
Então viram que ela era cheia de emoções, sonhos e alguma coragem.Ela não podia dizer quem era, no máximo da incerteza, quem foi. Como ser humano que agora tentava ser, estava em constante mudança. E como ser humano que guardava entre seus tecidos sonhos, desejos e vontades que não paravam nem por um minuto...ela movia, rolava, rodava, dançava, gritava, cantava, calava, andava, parava, fazia caretas, sorria, brincava... e mudava, mudava, mudava. ^^'

(In)constante.

Vivendo como se nem as horas, nem os dias, nem os anos fossem passar.Era como se tudo fosse ficar naquele lugar.Quando de repente tudo passou por mim. De uma forma tão rápida, agressiva e dolorosa.Foi feito de pó e a ele voltou.Vi aquela página sendo virada, como de um livro.Tudo escoou, apenas a folha branca restou, e provavelmente pra muitos é como se nada tivesse acontecido.Provavelmente ali existiam duas faces que numa só face se apresentavam.Era como se a harmonia da contradição fosse a nota que tocava. Feito um piano, que ecoava um som de promessas falsas.Lembrei de um tempo, sem saber se aquele era claro ou obscuro.O que passou parecia salgado, parecia passado e parecia que nada mais me importava.Quero somente o que talvez não tenha nome.

Começo sem fim.

Provavelmente minhas palavras não vão mais te alcançar. Os dias tem sido mais longos do que o normal. Tento descobrir uma felicidade que tantas vezes parece inexistente.Quero deixar aqui marcas de momentos, sentimentos e todos os tipos de pensamentos.De alguma forma minhas palavras me fortalecem, me mostram vários ângulos de uma só vez.Tantas escolhas, tantos caminhos a seguir. A vida é assim entre erros e acertos sempre estaremos aprendendo.Mas cabe somente a nós decidir quais serão as regras principais.. e se faremos as nossas ou seguiremos o padrão nacional.Se a vida for parecida com um jogo quero jogar com as minhas regras ;D.